Seis Sigma à brasileira
Deming, W. Edwards
Alguns anos depois que o conceito Seis Sigma foi difundido no país, observa-se
que a adoção da metodologia está restrita a empresas de
classe mundial, pela sua maturidade organizacional, e por estarem preparadas
estrategicamente quanto aos riscos e incertezas que o mercado proporciona. A
maturidade é atingida na empresa que concilia práticas de direção
e de liderança com o planejamento organizacional ou a consolidação
das funções administrativas e suas ferramentas. Um bom exemplo
dessa postura foi o da GE, quando em 1998, Jack Welch, o CEO da companhia, anunciou
ganho superior a 1,3 bilhão de dólares em conseqüência
dos resultados obtidos com a metodologia. Três anos antes, sob sua orientação,
cada operação da empresa foi trabalhada para obter o desempenho
Seis Sigma, exigindo investimentos em treinamento e projetos de aproximadamente
450 milhões de dólares. Embora não tenha sido a primeira
companhia a adotar a metodologia em seu sistema de gestão, sua popularização
se deu por meio da revolução que causou na GE. As conquistas não
foram apenas na redução do número de defeitos de um sistema
operacional, mas também no modo de unir gerentes e colaboradores na busca
contínua de custos menores e maior eficiência.
Pode-se considerar o Seis Sigma uma estratégia de negócios que,
apesar de se fundamentar em ferramentas estatísticas da qualidade usadas
há décadas, é diferenciada pela ênfase na voz do
cliente, na utilização de especialistas em tempo integral, pelo
foco financeiro, pelas exigências das análises e por decisões
apoiadas em dados. Esse enfoque está se tornando a estratégia-chave
no século 21, devido ao seu poder de aumento da satisfação
do cliente e geração de resultados.
Segundo Marly Monteiro de Carvalho, professora de engenharia de produção
da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), utilizando
o conceito estatístico de dispersão no próprio nome, o
Seis Sigma dá grande destaque às ferramentas estatísticas.
Ele foi concebido na década de 80, por Garvin da Motorola, com a missão
de diminuir os defeitos na fabricação de produtos eletrônicos.
"O Seis Sigma foi criado para solucionar problemas de diversos produtos,
processos e serviços, reduzindo a variabilidade até a obtenção
da difícil meta de 3,4 defeitos por milhão. Isso significa tecnicamente
que os limites de especificação estão à distância
de 6 desvios-padrão da média", explica a especialista.
Além disso, o Seis Sigma pode ser considerado um valor cultural ou uma
filosofia de trabalho, um sistema de mensuração ou simplesmente
uma meta. Mas o que conta mesmo são os resultados financeiros. E é
isso que tem chamado a atenção das empresas nos últimos
anos, pelos benefícios e pelas cifras obtidas com seu implemento, que
apesar de ser de longo prazo pode ser aplicado em organizações
de qualquer tamanho, e não apenas em indústrias de grande porte
e produção seriada.
O tempo total de implantação dependerá de diversos fatores
de cada empresa, tais como: tamanho, ramo de atividade, comprometimento da alta
administração e, principalmente, do nível e grau de treinamento
de seus recursos humanos. E este é um dos pontos críticos para
alcançar o sucesso do Seis Sigma, que facilitará sua expansão,
envolvendo todas as áreas, atingindo fornecedores e clientes. Para tanto,
a companhia deve promover treinamentos em gerenciamento da mudança, para
gestores e para Black Belts ou faixas pretas mestres em melhorias de processos,
Green Belts (profissionais que participam das equipes lideradas pelos Black
Belts) e demais pessoas-chave para a execução dos projetos. Os
sistemas e as estruturas da empresa, como processos de contratação,
treinamento, reconhecimento e recompensa, por exemplo, devem ser gradualmente
modificados para refletir e incentivar a cultura Seis Sigma.
Os projetos de melhoria são conduzidos por times treinados nas ferramentas
Seis Sigma, com profissionais de várias áreas, com perfil apropriado,
que se transformarão em patrocinadores e especialistas, em diferentes
níveis de aprofundamento.
Para implementar o programa deve-se organizar a seguinte estrutura: Sponsors
para a alta administração; Champions, gestores que acompanharão
diretamente a execução dos projetos (diretores e gerentes), os
Black Belts, Green Belts, Yellow Belts, profissionais que supervisionam o programa
na rotina da empresa e executam projetos mais focados; White Belts, pessoas
do nível operacional que dão suporte aos demais especialistas
que fazem parte desse universo.
Para Cristina Werkema, da Werkema Consultores Associados, é fundamental
formar pessoas com perfil adequado para Black Belts e Green Belts, já
que elas, além de se transformarem em especialistas no método,
serão agentes de mudanças que implementarão a cultura Seis
Sigma na empresa. Um candidato a Black Belt deve ter iniciativa, entusiasmo,
persistência, habilidades de relacionamento interpessoal e comunicação,
motivação para alcançar resultados e efetuar mudanças,
habilidades para trabalhar em equipe, aptidão para gerenciar projetos,
raciocínio analítico e quantitativo, além da capacidade
de concentração. Um elevado conhecimento técnico em sua
área de trabalho também é uma característica desejável.
O Seis Sigma existe há 15 anos, a partir de seu nascimento na Motorola,
e vem tendo aprimoramentos desde então, sendo adotado por um número
cada vez maior de organizações. "O recente lançamento
do ASQ Six Sigma Fórum, em novembro do ano passado, a instituição
do exame da American Society for Quality (ASQ) para certificação
de Black Belts e o sucesso de sites como o www.isixsigma.com são fortes
indicadores da consolidação mundial do Seis Sigma", diz Werkema.
"Antes, as organizações aplicavam muito mais a metodologia
nas áreas de manufatura. Nos últimos anos, a adoção
do Seis Sigma está mais voltada para os setores administrativos, de vendas
e serviços, ou seja, tudo o que envolve diretamente o relacionamento
com os clientes/consumidores."
Mas por que esse interesse? Não seria mais uma onda do mercado, já
que os programas de melhorias existem desde que a reengenharia virou qualidade
e esta tem navegado nas normas ISO 9000? Aliás, uma imposição
do mercado global que acabou virando a cabeça de muitos empresários.
Hoje, a qualidade é mais identificada no fim da linha, isto é,
com a satisfação dos clientes. Por isto a necessidade de se medir
e melhorar toda a produção ou serviços que uma empresa
oferece ao mercado. Lembrando: melhoria contínua faz parte da qualidade,
que gera custos e muita disposição para planejar. Os custos obtidos
pela baixa qualidade, em todos os casos, sem exceção, são
muito drásticos para uma corporação. Então, vale
a pena investir em novas metodologias para ficar livre de erros?
Sim, diz o consultor Marco Siqueira, da Siqueira Campos Associados. No caso
do Seis Sigma, cria-se uma sistemática seguindo um método científico
que permite atuar na causa-raiz dos problemas, além de dar ênfase
na tomada de decisões com base nos dados e fatos. Como suporte aos cálculos
vinculados ao programa, o software de estatística aplicado à qualidade,
o Minitab, é mundialmente utilizado tanto nas fases de treinamento para
Black Belts, quanto no andamento dos projetos aplicados pelos mesmos.
O Minitab é uma calculadora programada de forma unilateral e bilateral,
com dados de saída para o número de Defeitos Por Milhão
de Oportunidades (DPMO), o rendimento (Yield) que é a probabilidade de
produtos ou serviços passarem corretamente pelo processo e como resultado
o nível sigma. O cálculo bilateral é inovador e garante
maior precisão. A Siqueira Campos desenvolveu uma calculadora inédita
do Nível Sigma, cujas características estão disponíveis
no site www.siqueiracampos.com.
O consenso é de que o programa - quando realmente apresenta requisitos
necessários para receber a denominação Seis Sigma - veio
para ficar, não sendo apenas mais uma onda na área da qualidade,
mas o resultado da compreensão empresarial e das experiências observadas
nos últimos anos em empresas que investiram na metodologia. A Ford, por
exemplo, há dois anos usa o Seis Sigma para melhorar a satisfação
de seus clientes. Os resultados dos primeiros projetos destinados às
áreas produtivas e administrativas da empresa, refletiram em toda a cadeia
produtiva e trouxeram ganhos significativos. Em 2000, a companhia contabilizou
mundialmente 300 milhões de dólares. Na América do Sul,
região estratégica para a Ford, onde possui unidades na Venezuela,
Argentina e no Brasil, o programa apresentou ganhos de 20 milhões de
dólares.
Os 120 Black Belts da empresa já implantaram aproximadamente 241 projetos.
E para este ano a previsão é de mais 300 em todas as áreas
da Ford. Para Enio Feijó, diretor de implementação do programa
na América do Sul, o ponto principal da metodologia é que ela
trouxe uma nova mentalidade. "Envolver todas as pessoas que trabalham dentro
da Ford para seguir o Seis Sigma é muito complexo e exige capacitação,
treinamento e ferramentas de comunicação", explica. E acrescenta:
"Conseguimos que 90% dos participantes da fábrica entendessem o
que é a metodologia e onde a empresa pretende chegar ao implementá-la,
utilizando o jornal interno, palestras e workshops", explica Feijó.
"A eficiência do programa se reflete em toda cadeia, atingindo especialmente
as concessionárias, que começam a perceber qualidade também
na distribuição do produto, como a chegada dos veículos
em melhor estado, no prazo certo e as especificações conforme
solicitação do cliente."
A Asea Brown Boveri (ABB), empresa de tecnologia em energia e automação,
até dezembro de 2001, em sua unidade de Guarulhos (SP), treinou mais
de 420 funcionários para o Programa de Melhoria da Qualidade (PMQ) ou
Seis Sigma, adotado há mais de dois anos. Os projetos incorporados ao
PMQ, que prevêem um valor de redução denominado Preço
de Não-Cumprimento (PNC) ou Saving, revelaram grandes lucros: mais de
2,6 milhões de dólares vieram de projetos em andamento, 445 mil
dólares dos já implantados e, há expectativas de economizar
mais de 630 mil dólares em novos projetos. Tais frutos acabaram chamando
a atenção da alta direção, que anunciou que outras
unidades da ABB devem seguir o modelo da pioneira de Guarulhos. Para 2002, a
meta da área da qualidade é treinar mais 400 Black Belts para
trabalhar em todos os processos da organização.
Na maratona corporativa da melhoria de processos, empresas multinacionais estão
na dianteira. É o caso da Delphi Automotive Systems que adotou o programa
denominado Metodologias para a Inovação & Aperfeiçoamento
Contínuo (I&CIM), que compreende o Seis Sigma, como também
integra técnicas de prevenção e solução de
problemas, como o Shainin Red X e Green Y, engenharia robusta e o seu próprio
processo de ferramentas adequado para soluções de problemas.
Na Delphi, esse programa teve início em 2000, com a determinação
e o suporte do "número um", Volker Barth. Os diretores de engenharia
global e satisfação do cliente (braço da qualidade), depois
de avaliarem muitos modelos de sucesso definiram a implementação
do programa e escolheram o primeiro time a ser treinado na categoria Faixa Preta,
com o objetivo de entender e planejar a implantação na região.
"Isso foi realmente efetivo para os executivos de nossa organização,
os quais foram capazes de valorizar a importância e o impacto positivo
do Seis Sigma em toda a performance dos nossos negócios, com total comprometimento",
comenta o diretor de satisfação do cliente e engenharia, Gerardo
Mendoza.
O menu de ferramentas que complementa o processo DMAIC Six Sigma (Definir, Medir,
Analisar, Melhorar e Controlar) está composto por ferramentas básicas
de estatísticas, process mapping, FMEA, Thougth Process Map, avaliação
numérica dos metrics, avaliação do sistema de medição,
controle do processo e planos de transição e estratégia,
design e análise do DOE (planejamento de experimentos). Segundo Mendoza,
a avaliação do sistema de medição e inspeção
segue a seguinte fórmula: variação total = variação
do processo + variação do sistema de medição, segundo
as técnicas recomendadas no manual MAS/AIG.Esses e outros procedimentos
garantiram à empresa maior transparência dos processos, com resultados
de 54% de redução nas reclamações dos clientes e
75% de redução do ppm (peças por milhão). Houve
também diminuição de custos internos e os benefícios
financeiros já ultrapassam 5 milhões de dólares. "Para
nós, o maior benefício do Seis Sigma é sensibilizar o nosso
time gerencial sobre como a qualidade perfeita ajuda a criar um negócio
financeiro saudável", afirma Mendoza.
Na Multibrás, o Seis Sigma também possibilitou um empenhou muito
grande na questão de formação das pessoas. A empresa, que
é líder no Brasil no setor de eletrodomésticos, tem seu
diferencial competitivo no modelo adequado de gestão, que é a
capacitação e o comprometimento dos colaboradores com os objetivos
empresariais e permanentes da melhoria da qualidade. Segundo Mario César
Nascimento, coordenador do Programa Seis Sigma, os investimentos no programa
atingem anualmente 1 milhão de reais. "Os primeiros projetos eram
mais voltados para a estabilização de processos na fábrica
e na redução de custos de material."
A companhia, desde de 1997 decidiu pela implementação da metodologia,
sendo pioneira nos treinamentos dos agentes de melhoria no Brasil. "Tomamos
conhecimento do programa por meio da Whirpool Corporation, principal acionista
do Grupo Brasmotor, controladora da Multibrás. Trouxemos instrutores
dos Estados Unidos e começamos a primeira fase da implementação.
Hoje o Seis Sigma faz parte de nosso cotidiano, e está como uma das principais
diretrizes do nosso Sistema de Gestão pela Qualidade Total", enfatiza
Nascimento.
A empresa treinou, nos últimos cinco anos, 232 Black Belts e 91 Green
Belts, que alcançaram resultados de aproximadamente 70 milhões
de reais com os 800 projetos implantados. "É na área de engenharia
de produtos que temos mais Black Belts. Vários módulos foram criados
para as áreas administrativas. Um agente de melhoria monta um fluxograma
de atividades dos departamentos e a partir dele identificamos perdas e pontos
de melhorias", explica Nascimento.
A Multibrás estendeu esse conhecimento para sua cadeia de fornecedores,
que são pequenas e médias empresas. A empresa organiza treinamentos
na própria casa do cliente ou na organização. Internamente,
possui outros programas de qualidade, como o Círculo de Controle da Qualidade
(CCQ), aplicado no chão-de-fábrica e que já formou cerca
de 400 grupos de colaboradores, que se reúnem uma vez por semana para
elaborarem projetos e disseminá-los pela fábrica. "É
comum ver um operador que trabalha no CCQ usando ferramentas do Seis Sigma,
tais como: mapa de processo, taxa de controle etc.", acrescenta.
Na Allied Signal a metodologia está voltada para a postura da contínua necessidade de melhoria, na medida em que novas tecnologias são desenvolvidas e incorporadas. Na unidade de Sorocaba (SP), as fases de treinamentos são elaboradas em 200 horas, subdividas ao longo de meses. Cada fase do programa foi estabelecida conforme a necessidade de cada fábrica, e os 200 Black Belts certificados dão continuidade das informações para os funcionários. As ferramentas usadas nas etapas da metodologia são os estudos de Anova, DOE, regressão, Cpk, Cartas de Controle e gráficos. Um dos pontos críticos do programa, conforme explana o supervisor da qualidade e Six Sigma Black Belt, Ruy Mittelztatt, está na escolha dos projetos, no entendimento de suas dificuldades e na correta quantificação dos possíveis ganhos. "É importante basear os estudos estatísticos em dados confiáveis", diz Mittelztatt.
Hoje o Seis Sigma é um dos métodos mais importantes para o aumento
da qualidade e redução de custos. Para a Allied Signal significou
economia de 1,5 bilhão de dólares mundialmente. Atualmente, diversas
organizações do segmento de serviços, como as financeiras,
as de administradoras de cartões de crédito, varejistas e hospitais
incorporaram o Seis Sigma como estratégia. A American Express, por exemplo,
possui 34 agentes de mudanças treinados. A economia conquistada pela
empresa foi de 169 mil dólares por projeto, totalizando 5,75 milhões
de dólares.
Para Marco Siqueira Campos, a aplicação do Seis Sigma na área
de serviços utiliza mais ferramentas que tratam os dados por atributos
(quantitativos discretos), que são erros, reclamações e
atrasos. "Por exemplo, no controle estatístico de processo industrial
se dá ênfase em gráficos por variáveis, e em serviços,
por atributos, e uma abordagem de técnicas, como teoria das filas, regressão
logística etc."
Cristina Werkema explica que a implementação do Seis Sigma em
serviços, áreas administrativas e de vendas é mais desafiadora,
porque nesses setores estão envolvidos processos de trabalho "invisíveis",
cujos fluxos e procedimentos podem ser facilmente alterados, podendo dificultar
a coleta de dados e a aplicação de técnicas de análises
mais sofisticadas. Para que essas dificuldades possam ser vencidas, é
necessário definir, de modo claro, mensurável e correlacionado
aos objetivos a serem alcançados, os aspectos subjetivos presentes nos
processos de prestação de serviços, como definição
precisa e sem ambigüidades do que é, ou não, um defeito.
Um estudo comparativo para escolher o que é melhor para a sua empresa
Dentro da comunidade econômica americana, vários líderes
em melhorias de processos competem por atenção. Cada um deles
defende a adoção desta ou daquela metodologia de aperfeiçoamento
em sua empresa. Quase todos alegam que se você adotar ferramentas específicas
ou seguir determinado raciocínio, todos os seus problemas de negócios
serão resolvidos.
Após ouvir vários líderes defenderem sua metodologia especial,
como escolher qual delas será a melhor para a sua situação?
Qual metodologia encaixa-se na cultura da sua empresa? Muitas metodologias de
melhoria de processos parecem ser excludentes ou pelo menos minimizar a contribuição
de outras. Essa montagem de ferramentas e filosofias cria a ilusão de
estratégias conflitantes.
Neste artigo, discutirei os princípios básicos de três metodologias
de melhoria e apresentarei um modelo para ajudá-lo a entender os conceitos
e efeitos de cada uma e as semelhanças e diferenças entre elas.
Seis Sigma
O Seis Sigma alega que o foco na redução de variação
resolverá todos os problemas de negócios e de processo. Utilizando
uma série de ferramentas estatísticas para entender a flutuação
de um processo, a gerência pode começar a prever o resultado esperado.
Se o resultado não for satisfatório, ferramentas associadas podem
ser utilizadas para se entender um pouco mais os elementos que influenciam esse
resultado.
Por meio de uma metodologia de investigação rígida e estruturada,
os elementos do processo são entendidos mais completamente. A suposição
é de que o resultado de todo o processo será melhorado reduzindo-se
a variação de múltiplos elementos. O Seis Sigma é
composto por cinco etapas: definir, medir, analisar, melhorar e controlar (conhecidas
por DMAIC - define, measure, analyze, improve and control).
1. Definir. Os usuários começam pela definição do
processo. Eles perguntam quem são os clientes e quais são os seus
problemas, identificam as principais características que são importantes
para o cliente, juntamente com os processos que as apóiam, e identificam
as condições dos resultados existentes juntamente com os elementos
do processo.
2. Medir. A seguir, o foco volta-se para a medição do processo.
Características-chave são categorizadas, sistemas de medição
são verificados e dados são coletados.
3. Analisar. Uma vez coletados, os dados são então analisados.
A intenção é transformar dados brutos em informações
que expliquem o processo, incluindo a identificação das principais
causas dos defeitos ou problemas.
4. Melhorar. A quarta etapa é o aperfeiçoamento do processo. Soluções
para o problema são desenvolvidas e alterações são
feitas. Os resultados das mudanças no processo são vistos nas
medições. Nesta etapa, a empresa pode avaliar quais mudanças
foram benéficas e se uma outra série de mudanças é
necessária.
5. Controlar. Se um processo está sendo desempenhado em um nível
previsto e desejado, ele está sob controle. Esta última etapa
é a parte de sustentação à metodologia do Seis Sigma.
O processo é monitorado para assegurar que não ocorram alterações
inesperadas.
Focar-se na área principal de redução da variação
produz também outros efeitos secundários. A qualidade é
melhorada. A investigação do processo leva à reavaliação
do status de valor de muitos elementos. Alguns deles são modificados,
enquanto outros são interrompidos. Os elementos são refinados
e melhorados. Erros e chances de erros são reduzidas.
Alguns elementos descobertos durante a investigação do Seis Sigma
restringem o fluxo de produtos ou serviços através do sistema.
O fluxo é definido como o tempo entre a entrada de matéria-prima
e a saída do produto pronto. O aperfeiçoamento de um processo
que estava restringindo os resultados do fluxo resulta em variação
reduzida, maior qualidade e melhoria no volume dos resultados do processo. Assim,
a empresa gastará menos com estoques em processo. O tempo entre o pagamento
pela matéria-prima e a visualização do lucro é reduzido,
e a empresa pode atender às necessidades dos consumidores mais depressa.
O Seis Sigma baseia-se em dois pressupostos principais. Primeiro, as pessoas
em uma empresa entendem e apreciam o fato de que os números podem representar
os traços e características de um processo. Elas acreditam que
um conhecimento mais profundo e a análise dos dados possam ser usados
para produzir melhorias e que representações gráficas de
dados possam fornecer novas e diferentes perspectivas do processo. Pessoas de
formação analítica, como engenheiros e cientistas, geralmente
respeitam essa abordagem.
O Seis Sigma também pressupõe que, por meio da redução
da variação de todos os processos, o desempenho geral da empresa
será melhorado. Embora seja difícil argumentar contra o aperfeiçoamento,
a realidade econômica leva-nos a querer o máximo possível
de melhorias com o mínimo investimento. Melhorar todos os processos individuais
de uma empresa pode, na verdade, ter um efeito pernicioso à capacidade
da empresa de aten" está de lean:êé1. Identificar as
características que criam valor.
2. Identificar a seqüência de atividades chamada de fluxo de valor.
3. Fazer com que as atividades fluam.
4. Deixar o cliente "puxar" o produto ou serviço ao longo do
processo.
5. Melhorar o processo.
Identificando valor - A determinação de quais características
dão valor a um produto é feita sob os pontos de vista dos clientes
internos e externos. O valor é expresso pela forma como um produto específico
atende às necessidades do cliente, a um certo preço, em um certo
período. Produtos ou serviços específicos são avaliados
pelas características que lhes adicionam valor. A determinação
do valor pode ser sob a perspectiva do consumidor final ou de um processo subseqüente.
Identificando o fluxo de valor - Uma vez que o valor é identificado,
serão identificadas as atividades que agregam valor. Essa seqüência
de atividades é chamada de fluxo de valor. Determina-se, então,
se as atividades que não agregam valor ao produto ou serviço são
necessárias. As operações necessárias são
definidas como sendo um pré-requisito para outras atividades que agregam
valor ou como sendo uma parte essencial do negócio. Um exemplo de um
processo que não agrega valor, mas que é essencial é a
folha de pagamento, pois, afinal de contas, as pessoas precisam ser pagas. Finalmente,
o impacto que atividades essenciais têm no processo é reduzido
ao máximo possível. Todas as outras atividades que não
agregam valor são retiradas do processo.
Melhorando o fluxo - Uma vez identificadas as atividades que agregam valor
e as essenciais, os esforços de aperfeiçoamento são direcionados
para fazer as atividades fluírem. O fluxo é o movimento ininterrupto
de um produto ou serviço, através do sistema, até o consumidor.
Os maiores inibidores do fluxo são as filas, o processamento de lotes
e o transporte. Esses buffers aumentam o tempo gasto entre o início da
fabricação do produto ou concepção do serviço
e a sua entrega ou execução. Eles também consomem investimentos
que poderiam ser aplicados em outros setores da empresa e encobrem os efeitos
das restrições do sistema e outras atividades desperdiçadas.
"A determinação do valor pode ser sob a perspectiva do consumidor
final ou de um processo subseqüente"
Permitindo que o cliente puxe - Depois de remover o desperdício e estabelecer
o fluxo, os esforços concentram-se em permitir que o cliente puxe o produto
ou serviço a partir do processo. A empresa deve tornar o processo receptivo
a fornecer o produto ou serviço quando o cliente precisar - nem antes,
nem depois.
Trabalhando rumo à perfeição - Esse esforço é
a tentativa constante de remover atividades que não agregam valor, melhorar
o fluxo e satisfazer as necessidades de prazo dos clientes. Ao se concentrar
em eliminar o desperdício e melhorar o fluxo, o lean também gera
alguns efeitos secundários. A qualidade é melhorada. O produto
passa menos tempo no processo, reduzindo as chances de sofrer danos ou tornar-se
obsoleto. A simplificação de processos resulta na redução
da variação. Quando a empresa analisa todas as atividades do fluxo
de valor, as restrições do sistema são removidas e o desempenho
é melhorado.
A metodologia lean também tem alguns pressupostos:
1. As pessoas valorizam o efeito visual do fluxo.
2. O desperdício é o maior obstáculo ao lucro.
3. Várias pequenas melhorias em rápida sucessão trazem
mais benefícios do que um estudo analítico.
4. Os efeitos da interação do processo serão resolvidos
pelo refinamento da corrente de valor.
Esta abordagem é a mais apreciada pela parte operacional de uma empresa.
O lean envolve muitas pessoas no fluxo de valor. A mudança para o pensamento
em fluxo causa grandes alterações na forma como as pessoas percebem
seus papéis na empresa e seus relacionamentos com o produto.
Teoria das Restrições (TOC - Theory of Constraints)
A teoria das restrições concentra-se no aperfeiçoamento
do sistema. Um sistema é definido como uma série de processos
interdependentes, ou seja, um sistema é como uma corrente: um grupo de
elos interdependentes trabalhando juntos em direção a um objetivo
geral. A restrição é como um elo fraco. O desempenho de
toda corrente é limitado pela força do elo mais fraco. Em processos
de produção, a teoria das restrições concentra-se
no processo que reduz a velocidade do produto no do sistema. A TOC é
composta por cinco etapas:
1. Identificação da restrição.
2. Exploração da restrição.
3. Subordinação de outros processos à restrição.
4. Elevação da restrição.
5. Repetição do ciclo.
Identificação - A restrição é identificada
de diversas maneiras. A quantidade de trabalho acumulada em uma operação
do processo é um indicador clássico. Outro exemplo é encontrado
nos locais onde os produtos são processados em lotes.
Exploração - Uma vez identificada a restrição,
o processo é aperfeiçoado ou apoiado para atingir sua capacidade
máxima sem a realização de grandes e caras atualizações
ou alterações. Em outras palavras, tira-se proveito da restrição.
Subordinação - Quando o processo de restrição
está trabalhando em sua capacidade máxima, as velocidades de outros
processos subordinados são adaptadas à velocidade ou capacidade
da restrição. Alguns processos sacrificarão sua produtividade
individual em benefício de todo o sistema. Os processos subordinados
geralmente localizam-se antes da restrição no fluxo de valor.
Os processos após a restrição não são de
grande preocupação - eles provavelmente estão produzindo
abaixo de sua capacidade porque têm que esperar pelo processo restritivo.
Elevação - Se o resultado do sistema como um todo não
for satisfatório, um maior aperfeiçoamento faz-se necessário.
A empresa agora pode estar frente a grandes mudanças na restrição.
As alterações podem envolver mudança tecnológica,
reorganização ou outros grandes investimentos de tempo ou dinheiro.
Chamamos isso de elevar a restrição ou tomar qualquer ação
necessária para eliminá-la.
Repetição - Assim que a primeira restrição for
quebrada, uma outra parte do sistema ou da corrente de processos torna-se a
nova restrição. É chegada então a hora de repetir
o ciclo de aperfeiçoamento. O desempenho de todo o sistema é reavaliado
por meio da busca do novo processo restritivo, da sua exploração,
subordinação e melhoria.
Por se concentrar nas restrições, esta metodologia produz efeitos
positivos no tempo de fluxo do produto ao longo do sistema. A redução
do desperdício na restrição aumenta o índice de
saída e melhora o tempo de ciclo. Quando a restrição é
melhorada, o mesmo acontece com a qualidade, já que há redução
na variação. O foco na restrição não requer
um profundo conhecimento em análise de dados ou que um grande número
de pessoas entendam os elementos do sistema. É necessário que
apenas algumas pessoas com poder de decisão entendam o programa. O esforço
pode ser localizado, com o mínimo de envolvimento da força de
trabalho.
A teoria das restrições supera uma crítica à maioria
dos programas de melhoria de processos: a de que muitos deles utilizam uma abordagem
de massa para conseguir o resultado desejado. Com a abordagem de massa, as empresas
esperam que o resultado do sistema como um todo seja melhorado, por meio do
refinamento e do aperfeiçoamento de cada processo individual e independente,
até a sua capacidade máxima. A metodologia da TOC opera de acordo
com vários pressupostos:
_ Como no caso do lean, a empresa valoriza a velocidade com que um produto ou
serviço passa pelo sistema. Velocidade e quantidade são os principais
fatores do sucesso.
_ Os processos atuais são essenciais para se conseguir o resultado desejado.
_ O delineamento do produto ou serviço é estável.
Os trabalhadores que agregam valor não precisam ter um conhecimento profundo
da metodologia. Sugestões feitas pela força de trabalho não
são consideradas vitais para a implementação bem-sucedida
da teoria das restrições. Essa abordagem é apreciada por
empresas com estruturação hierárquica e conhecimento centralizado.
Comparando os três métodos
Há algumas semelhanças e críticas a todos os modelos de
melhorias. Além disso, todas as teorias e metodologias têm alguns
pressupostos iguais. Os pontos principais de cada metodologia estão resumidos
na Tabela 2. As metodologias de melhoria abordam a configuração
do produto ou serviço em seu "estado atual" para melhorar os
processos ou sistemas. Elas pressupõem o seguinte:
_ O projeto do produto ou do serviço é essencialmente correto.
_ O projeto do produto ou serviço é o mais econômico.
_ As necessidades do cliente são atendidas por esse projeto.
_ A configuração atual do produto preenche os requisitos funcionais
do mercado e do cliente.
_ A estrutura administrativa apóia e fomenta a mudança.
Esses pressupostos podem não ser válidos e precisam ser explorados.
Após um amplo refinamento dos processos ou sistemas existentes, muitas
metodologias de aperfeiçoamento começam a olhar para o projeto
de um produto ou serviço. Entretanto, cada uma delas observa o projeto
através de suas teorias e ferramentas.
O QFD e a Análise de Valor são duas técnicas utilizadas
para ajudar a vincular o projeto do produto às necessidades do cliente.
Ambas unem as áreas de marketing, finanças, operações
e projeto, bem como os clientes e os fornecedores, a fim de explorar sistematicamente
como o produto desempenha a função requerida pelo cliente. Uma
parte interessante dessa investigação é que o custo pode
ser associado à função. Quando o departamento de marketing
e os consumidores sabem o custo de certas características, eles fazem
escolhas embasadas sobre a configuração do produto ou serviço.
Os maiores obstáculos à melhoria
Há alguns grandes obstáculos às metodologias de melhoria:
_ Elas tratam a teoria de gerenciamento como um assunto secundário ou
terciário.
_ Elas não abordam as políticas da empresa, sejam elas formais
ou informais.
_ Elas não abordam a forma como os gerentes são avaliados e premiados
pelas melhorias no processo.
_ Elas não abordam a teoria geral de gerenciamento utilizada pela empresa.
_ Elas não abordam os valores da empresa.
Em qualquer empresa, muitas atividades são guiadas por políticas
cujos propósitos encontram-se perdidos no tempo. Todos os programas de
mudança desafiam a forma de trabalho da empresa, o que torna necessário
o questionamento sobre os propósitos de uma política específica
e sua validade. Uma técnica para avaliar a filosofia de gerenciamento
de uma empresa é procurar pelos pressupostos básicos que dão
sustentação a cada política. Desafiar tais pressupostos
é um ponto de partida para se determinar se a política atual está
dando sustentação a algo que tenha valor.
As teorias administrativas de W. Edwards Deming ajudam as empresas a desafiar
práticas e pressupostos administrativos correntes - não por sugerir
mais melhorias mas por mostrar uma nova forma de gestão. Através
dessa linha de estudo, os líderes passam a entender melhor como podem
influenciar o bem-estar social e econômico de sua empresa. Por trás
de uma teoria administrativa encontra-se um sistema de valores empresariais.
O propósito da empresa é unicamente o de enriquecer os acionistas?
Ou a empresa existe para o benefício da sociedade? Não caia na
armadilha de acreditar que o único propósito de uma empresa é
ganhar dinheiro. O dinheiro, ou lucro, é o resultado de uma boa administração,
voltada ao atendimento das necessidades sociais.
As questões levantadas pelas teorias administrativas e a ética
empresarial vão além do escopo deste artigo, mas foram mencionadas
para demonstrar que outras áreas também precisam ser levadas em
consideração quando os programas de melhoria de sistemas ou processos
são avaliados. Os Champions de cada um desses métodos dizem poder
superar esses empecilhos porque a implementação de sua metodologia
permitirá o surgimento de uma melhor filosofia de gerenciamento e de
uma melhor estratégia de negócios.
Como escolher
Para um melhor discernimento entre os aparentes conflitos dos diversos programas
de aperfeiçoamento, utilize um modelo que identifique uma hierarquia
nas relações de causa e efeito. Em primeiro lugar, identifique
a teoria principal. Qual é a ênfase central do programa? Essa questão
normalmente é respondida por algumas palavras: para o Seis Sigma é
a redução de variação, para o lean é a redução
do desperdício e para a TOC é a redução das restrições.
Então identifique a relação entre a teoria e o foco principal
das ferramentas e da metodologia. Essa relação indica como a teoria
principal manifesta-se em resultados tangíveis - aquilo que eu chamo
de efeito principal.
_ Para o Seis Sigma: "Se nos concentrarmos em reduzir a variação,
então teremos resultados de processo mais uniformes".
_ Para o lean: "Se nos concentrarmos em remover o desperdício, então
a duração do fluxo será mais curta".
_ Para a TOC: "Se nos concentrarmos nas restrições, então
melhoraremos o volume de produção".
O próximo passo é identificar quais os efeitos secundários
de cada programa. Eles podem ser descritos em sentenças que resumem a
teoria e o efeito principal e os resultados.
_ Para o Seis Sigma, o foco na redução da variação
e na uniformidade do processo leva a menos desperdício, menos variação
e menos estoque.
_ Para o lean, o foco no desperdício e na duração do fluxo
leva a menos variação, menos estoque e resultados uniformes.
_ Para a TOC, o foco nas restrições e no aumento da produção
leva a menos estoque e a um diferente sistema de contabilidade.
Cada metodologia de aperfeiçoamento parece direcionada a ferramentas
e conceitos comuns. No entanto, cada uma delas começa o trabalho sob
uma perspectiva diferente. Quando elas atingem a etapa dos efeitos secundários,
os resultados das metodologias começam a ficar parecidos. Muitos dos
efeitos secundários de uma metodologia são parecidos com o efeito
principal ou o foco de outra.
Observando os efeitos primários, secundários e terciários
de cada metodologia, você pode chegar à conclusão de que
cada método esforça-se para conseguir resultados similares. Mesmo
ao longo do processo, cada metodologia incorpora os efeitos principais dos outros
programas. Podemos então afirmar que o resultado final será o
mesmo não importa qual caminho tomemos? Como um administrador, como você
faz para selecionar um programa de melhoria que supere suas dificuldades?
"Cada metodologia de aperfeiçoamento parece direcionada a ferramentas
e conceitos comuns"
A escolha de uma metodologia de aperfeiçoamento de processos deve ligar-se
à cultura de sua empresa. Se os programas conhecidos parecem dar o mesmo
resultado, o principal critério a ser usado para a escolha é a
velocidade com a qual o método será aceito na empresa:
_ Se sua empresa valoriza estudos analíticos e as relações
entre os dados, gráficos e análises, o Seis Sigma é o programa
perfeito para vocês começarem.
_ Se sua empresa valoriza as alterações visuais e o momento presente,
a adoção do lean é o caminho a ser seguido.
_ Se sua empresa valoriza uma abordagem de sistemas na qual a participação
total não é desejada e valoriza também a separação
entre os trabalhadores e os administradores, então a teoria das restrições
é a melhor metodologia a ser utilizada.
Mais e mais empresas estão tentando determinar que método de melhoria
funcionará e se adaptará melhor à sua cultura. Quando você
estiver lidando com as afirmações aparentemente conflitantes do
desempenho de cada programa, meu conselho é concentrar-se nos efeitos
principais e secundários de suas filosofias. Uma vez que os valores de
um programa de aperfeiçoamento específico forem identificados,
a comparação entre estes e os valores da empresa pode tornar sua
escolha mais fácil, se não óbvia. Nunca pare de aprender.
Cada metodologia de aperfeiçoamento contribui com conceitos, idéias
e técnicas valiosas para sua organização. Seu desafio é
usar as forças que cada metodologia possui para ajudar na melhoria de
sua empresa."
Bibliografia
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Nova Economia para a Indústria, o Governo e a Educação],
segunda edição (Cambridge, MA: Massachusetts Institute of Technology,
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Golratt, Eliyahu M., The Goal: A Process of Ongoing Improvement [A Meta: Um
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Golratt, Eliyahu M., It's Not Luck [Mais Que Sorte um Processo de Raciocínio]
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Womack, James P., e Daniel T. Jones, Lean Thinking: Banish Waste and Create
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Fonte: Quality Progress, maio de 2002, págs. 73 a 78.
Artigo traduzido por Cintia Barcellos Lacerda, da Setec - Consultoria de Interface
© 2002 American Society for Quality
Reprinted with Permission
Dave Nave presta consultoria à Boeing Commercial Airplanes para a Comforce
Technical Services, é mestre em Sistemas de Gestão pelo Deming
Scholars Program da Universidade Fordham em Nova York e membro da ASQ.